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O que esperar do setor sucroalcoleiro em 2024?

Volume? ATR? Açúcar? Etanol? confira as projeções da cana para este ano

1. Menor contribuição do volume de cana-planta (1º corte) e aumento da idade média do canavial. O plantio de 18 meses atrasou/foi parcialmente cumprido no início de 2023 e a cana-soca veio com maior produtividade, alongando, portanto, o ponto de reforma.

2. Com o atraso do plantio no início de 2023, parte da operação foi “empurrada para frente”, gerando um volume de cana que vai ficar menos tempo no campo em crescimento. Fator, portanto, que puxa a produtividade destes casos para baixo.

3. Avanço do plantio mecanizado. Alerta para o aumento no consumo de mudas e, por conseguinte, dos custos de plantio.

4. Entressafra curta, com retomada antecipada (em meados de fevereiro, março/24) e priorização de cana bisada (se houver). Quem não faz manutenção linear, deve ficar atento.

5. Safra ainda doce, com mix direcionado para produção de açúcar. A cristalização de açúcar pode aumentar até 2 milhões de toneladas na próxima safra. Caso efetivamente entre em operação em 2024, o mix de açúcar pode superar 50% no centro-sul.

6. Crescimento da oferta de etanol vindo do milho. Mais um fator baixista para o preço do biocombustível. Destilarias seguem em sinal de alerta.

7. Redução do custo de produção, em especial com insumos (defensivos e fertilizantes). Custos mais baixos dos fatores de produção deverão ser um vento favorável em 2024. E o movimento de compra mudou.

8. Redução marginal do preço projetado do ATR para a safra 24/25 ante a safra 23/24. Patamar do CONSECANA/SP entre 1,10 e 1,15 R$/kg (previsão de dezembro de 2023).

9. Safra com formação de boas margens. Preços, ainda que menores, em bons patamares e custos caindo.

10. O clima ainda será protagonista para a definição da produtividade na safra 24/25.

Segundo projeções do Pecege, a moagem do ciclo 2024/25 deverá ser de 619,75 milhões de toneladas, uma queda de 3,37% quando comparada com a safra atual. Isso se deve muito à queda de 3,54% na produtividade média dos canaviais do Centro-Sul, estimada em 83,86 t/ha.

Com quase manutenção do valor do ATR médio em 139,23 kg/t, a safra deve ser ligeiramente mais alcooleira, com 50,22% de cana destinada para o etanol. A produção de açúcar, assim, deve cair cerca de 2,42%, chegando a 40,91 milhões de toneladas, enquanto a produção do biocombustível deve atingir 25,39 bilhões de litros, queda de 5,02%, conforme os dados do Pecege.

Notícia retirada do site RPAnews e escrito por Natália Cherubin.